Cara de pau ou cara de negócios?

Cara de pau ou cara de negócios?Cara de pau ou cara de negócios? 


 
 
 
Recentemente li um artigo sobre técnicas de networking em feiras e convenções. As dicas coincidiram com minha forma de agir e me levaram a lembrar as minhas participações em feiras, tanto como visitante quanto expositor.
Networking é um processo e, como qualquer processo, precisa de energia para funcionar. A energia que adicionamos ao processo de networking é a energia pessoal.
Nós participamos de feiras e eventos não só para divulgar nossos produtos ou serviços, mas principalmente para conhecer mais pessoas com o objetivo de melhorar nossos negócios e, sim, ganhar dinheiro.
No processo de networking precisamos estar dispostos a encontrar novas pessoas e torná-las aliadas e/ou clientes. Durante visitas e participações em feiras encontramos dezenas, centenas e até milhares delas. Como interagir depois com esses profissionais e como administrar os novos contatos?
Eu continuo defendendo a entrega de um cartão de visita nos encontros pessoais, e também acho que num encontro o mais importante é conseguir os dados de contato das pessoas que encontramos.
Essa opinião também foi expressa por David Kerpen, CEO da Likeable Local, no artigo “Six Secrets to Better Networking at Conferences”, em que também defende que o mais importante é o cartão que recebemos do nosso “alvo”.

Dave Kerpen, o conferencista do sapato laranja
Dave Kerpen, o conferencista do sapatos laranjas e  CEO da Likeable
Eu concordo com David. A informação de contato de um novo prospect é valiosíssima. Mas na minha experiência, descobri que muitas pessoas “não tem um cartão de visita” ou, quando abordadas, dizem que o cartão “acabou”. O que fazer, então?
Para contornar a situação, criei “cartões em branco” que entrego para as pessoas que me interessam e que estão sem cartão. Além disso, também ofereço uma caneta e pergunto se precisa de auxilio para preencher. Assim, tenho certeza de conseguir os dados de contato das pessoas que realmente me interessam.
Dessa forma, consigo captar e posteriormente registrar os dados no meu sistema de controle de contatos. É melhor, e mais profissional, escrever os dados num cartão adequado do que num
pedaço de papel qualquer ou num guardanapo!
Outro ponto sugerido por David é que tenhamos uma “assinatura”, ou seja, uma forma de ajudar as pessoas a se lembrar de nós.
Não por acaso, o David sempre veste sapatos de cor laranja quando participa de feiras ou eventos. Ele tem 21 pares dessa cor e garante que é lembrado por isso…
Eu ainda não comprei os sapatos, mas minha assinatura é a técnica de usar a foto nos meus cartões. 
Quantas vezes voltamos de um evento ou feira com dezenas ou centenas de cartões que recebemos e não conseguimos nos lembrar daquelas pessoas que nos entregaram?
Um dos segredos de networking é ser lembrado pelas pessoas que encontramos. Com a foto eu ajudo as pessoas a se lembrarem de mim.
Ter cartões com fotos é uma raridade – as pessoas que tem meu cartão acabam mostrando para outras pessoas como exemplo.
Sim, alguns podem achar que isso é muita “cara de pau” ou muito excessivo. Não me importa. É a imagem do cara que gostaria que meus contatos, parceiros e clientes lembrem quando pensam em negócios! É o meu cara de “negócios”! Qual é o seu?
* Thomas Reaoch, conhecido como o “Rei do Networking”, é autor do livro “Seja executivo e não executado” (ed. Komedi) e comentarista na Web Radio norte-americana Talk 2 Brazil